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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dança na Igreja: A adoração é o princípio de tudo



Um dos instrumentos desse avivamento é exatamente o louvor e a adoração e, assim,

 como a musica e o canto, a dança vem expressar a sede do coração do ser humano por 

mais de Deus. Nesse processo de busca por intimidade com o Pai, seu coração nos 

érevelado em canções e gestos que nos envolvem em Seu amor, cada vez que nos 

colocamos diante dEle em adoração. 

Em se tratando de evangelismo o primeiro sentimento e a primeira motivação, é 

exatamente a adoração, o estar apaixonado por Jesus. Desse sentimento é então gerado 

uma necessidade de declarar ao mundo esse amor e anunciar as boas novas àqueles que 

ainda não conhecem a Jesus. 

Como bem sabemos, a adoração não é um ato separado do corpo de uma pessoa. Ainda 

que a vontade, a razão, a mente e o emocional de alguém possam ser considerados 

separadamente, estas são expressões que designam o ser humano por inteiro. Não somos 

incumbidos de amar a Deus por partes específicas de nossa personalidade, mas com todo 

o nosso ser. E nesse contexto o critério é o mesmo para a dança, seja no louvor, na 

adoração, no evangelismo ou em qualquer circunstância que envolva o nome de Jesus. 

Além disso, gostaria de reiterar que a dança no louvor, na adoração ou no evangelismo 

não é uma prática corporal por ela mesma, muito menos uma exibição artística ou um 

enfeite na liturgia ou nos impactos evangelísticos. Nela, a essência de total entrega do 

adorador se manifesta por uma espontaneidade responsiva, trazendo toda a congregação 

ou no caso do evangelismo o público, para momentos de júbilo, edificação, salvação, 

libertação, cura e restauração na presença de Deus. Louvamos a Deus com danças por 

causa da Sua santidade, da criação e da redenção do ser humano. 

Nessas circunstâncias, a dança expressa e intensifica o desfrutamento da presença de 

Deus e seu relacionamento conosco numa celebração a Ele e com Ele. Não queremos ser 

bailarinas, bailarinos ou interpretes, mas adoradores; não realizamos apresentações, mas 

ministramos o louvor a Deus, o adoramos ou proclamamos sua Palavra, e em vez de palco 

para nós existe o púlpito, lugar de santidade e autoridade onde a Palavra é anunciada, no 

nosso caso, com a linguagem da dança. 


Nesse contexto, entendendo a dança como linguagem, seu processo criativo é uma 

possibilidade de arte inscrita no corpo, traduzida em metáforas do pensamento e 

realidade desse mesmo corpo. Realidade, pois é neste corpo que a dança se estrutura, se 

molda, conforma, transforma e disciplina quando ele se faz presente. 

Portanto, um corpo, ao dançar, desenha no tempo e no espaço com seus gestos. São 

movimentos orquestrados pelo sensível e pelo inteligível do ser em deslocamento e pelas 

impulsões do movimento, gerando formas e (re)formas, em constantes transformações, 

tornando a dança uma realidade visível e dinâmica. A exemplo dos pintores, que usam as 

cores e as linhas para dar forma no plano pictórico, ou dos poetas, que se utilizam 

palavras para construir seus poemas, o bailarino e o coreógrafo utilizam-se dos gestos 


corporais para dar forma à dança. 

Assim, o gesto corporal dançante, parte da experiência humana, vem dialogando e 

participando da arquitetura da cultura corporal e do viver humano num espaço e num 

tempo histórico transitando de certa maneira entre as inúmeras oportunidades de 

movimentos, construindo, no contexto da Igreja, uma dança contemporânea santificada 

pelo vaso de honra que somos nós no louvor, na adoração e também no evangelismo. 


Nesse caso, a dança não é um fim em si mesma. É um corpo transfigurando-se em formas 

que podem ter vários sentidos: fazer e operar; conceber e imaginar; construir e constituir; 

fundar, criar e preparar com o objetivo de primeiro adorar a Deus e depois, sob a 

orientação do Espírito Santo e em nome de Jesus, alcançar o coração dos homens através 

da salvação, da cura, da libertação, edificação e restauração de suas vidas. 


O Senhor tem nos direcionado em inúmeras ações em sua Igreja com uma visão muito 

clara sobre a dança e seu significado. Nesse sentido, tenho compartilhado nossas 

experiências através de artigos, estudos bíblicos e seminários anuais no intuito de 

divulgar a visão sobre a dança como uma linguagem possível para a Igreja seja no louvor, 

no evangelismo ou nas inúmeras possibilidades de ação ministerial cristã. 




Isabel Coimbra 
Líder do Mudança Cia de Dança a Artes Cênicas e integrante do Ministério de Louvor Diante 

do Trono da IBL/BH

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